SEGUNDA FASE DA AÇÃO SOLIDÁRIA EMERGENCIAL “É TEMPO DE CUIDAR’ SERÁ LANÇADA NO DOMINGO DA MISERICÓRDIA, 11/4, ÀS 15H, COM O BADALAR DOS SINOS NO BRASIL

Ao completar um ano, no próximo dia 12 de abril, a Ação Solidária Emergencial “É Tempo de Cuidar” entrará numa segunda fase e ganhará um novo impulso segundo informou o secretário-executivo de Campanhas da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), padre Patriky Samuel Batista.  “Esta segunda fase se torna mais evidente frente ao cenário pandêmico que se agravou”, disse o padre.

Como exemplo, ele citou que o que foi anunciado em 2020 sobre o retorno do Brasil ao Mapa da Fome se confirmou. Segundo estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IBGE), o Brasil deixou o chamado Mapa da Fome em 2014. No entanto, de acordo com o balanço referente a 2020, o país volta a figurar na geopolítica da miséria.

A pandemia deixou 19 milhões com fome em 2020, atingindo 9% da população brasileira, a maior taxa desde 2004, há 17 anos, quando essa parcela tinha alcançado 9,5%. E quase o dobro do que havia em 2018, quando o IBGE identificou 10,3 milhões de brasileiros nessa situação.

Além do recrudescimento da pandemia e do impacto com as quase 4 mil mortes diárias pela Covid-19, há uma tempestade perfeita nesse caos que coloca em risco também sua segurança alimentar: inflação alta, desemprego e ausência do auxílio emergencial – ao menos num nível que permita a compra de uma cesta básica.

2ª fase “É Tempo de Cuidar”

Padre Patriky Samuel Batista, coordenador de campanhas da CNBB.

O início desta segunda fase da Ação Solidária Emergencial, explica o padre Patriky, começa no próximo domingo, 11 de abril, Domingo da Misericórdia, quando todas as comunidades e paróquias católicas do Brasil são convidadas a repicar os sinos, às 15h.  A iniciativa foi aprovada pelo Conselho Permanente da CNBB que ratificou a importância da manifestação de sinais de esperança, fé e solidariedade diante das mortes pela covid-19.

Frente aos números alarmantes de mortos em consequência da pandemia, o padre Patriky Samuel Batista disse que o repicar dos sinos vai reforçar a mensagem de que “Toda vida nos toca”.

O bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, divulgou uma carta convite direcionada a todos os bispos do Brasil para esta ação que se caracterizará como um ato de comunhão com todas as famílias impedidas de vivenciar o luto, do esforço dispendido pelos profissionais da saúde e do desejo dos brasileiros quanto à superação da pandemia.

O secretário-executivo de Campanhas da CNBB informa que está marcada, para o dia 19 de abril, uma reunião com os parceiros (Cáritas Brasileira e Conferência dos Religiosos do Brasil) e todos os organismos vinculados à CNBB para traçar as estratégias de mobilização desta segunda fase da ação emergencial. Uma carta com as novas orientações será divulgada após a reunião com os parceiros.

Balanço da primeira fase

Durante a programação da 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil (AG CNBB), na celebração de abertura, dia 12 de abril, será lançada esta segunda fase. Na apresentação do relatório do presidente, a ser apresentado aos bispos no primeiro dia da Assembleia, será feito um balanço com os resultados da primeira fase. Na tarde do dia 14 de abril, às 14h45, será apresentado um balanço geral e a segunda fase da campanha ao episcopado brasileiro.

A Cáritas Brasileira, organização que sistematiza e monitora os dados da campanha, no último balanço de 23 de março,  aponta 823 ações registradas em 140 arquidioceses e dioceses brasileiras, com a marca de 5,868.961 mil kilos de alimentos. Em recursos financeiros, a campanha atingiu R$ 4,523.832,00.

Em sua primeira fase, a campanha produziu e distribuiu para as populações mais vulneráveis cerca de 717 mil alimentos (quentinhas), arrecadou e distribuiu 727.832 mil unidades de roupas e calçados, 411.580 mil kits de higiene e 414.114 mil equipamentos de proteção individual. Mais de 1,1 milhão de pessoas foram beneficiadas. O mapa com os dados pode ser acessado aqui.

 

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